terça-feira, fevereiro 20, 2007

Samba Enredo 2007

GRASIFS é uma das escolas mais tradicional de Rio Claro - SP.
2007 Comemorando seu 50 anos de glória.

O FOGO é LUZ, FORÇA e VIDA..
é GRASIFS...
50 ANOS INCÊNDIANDO A AVENIDA.

Oh! Bota Fogo no Chão
Faz o meu povo Sambar, é Carnaval
Vermelho e Branco é Alegria Bis
Calor que Contagia
Causando Explosão no ar

Desde de o principio o fogo tomou formas
Abriu janelas, Fez parte das invenções
De uma faísca surgiram às idéias
Denominando assim as explosões
A chama que incandesce nossas almas
Ilumina e acalanta as paixões (ô ô Kaô)

Kâo ô... Xangô, ô ô põe mais lenha na Fogueira.
Eparrei, minha mãe yansã Bis
GRASIFS hoje incendeia


50 anos de Glória
A Voz do Morro é tradição
A força, a fé e a garra de um povo.
Que no passado fez nascer essa união
A faculdade dos sambistas
Fazendo o samba a oração
Sou axé na história
Imortalidade e memória
Defendo a minha bandeira
A Voz do Morro a primeira.

MINHA HISTÓRIA por Martinho da vila

Meu dominante gene veio da África Negra,atravessou o Atlântico num navio negreiro e eu nasci ao som de tambores,predestinado a ser um símbolo do Brasil.Incialmente fui perseguido.Tinham medo da minha pujança carismática e da minha capacidade de aglutinação pois logo presentiram que minha missão não era só divertir.Para crescer,subsitir em me perpetuar,tive de fazer reuniões secretas,ora num lugar,ora em outro,aqui,ali,acolá,alhures.Aos poucos fui atraindo adeptos de outras culturas.Então,alguns jornalistas começaram a ardilosamente me defender.Políticos discretamente colaboraram comigo.Consegui permissão para me reunir,com a intenção única de diversão carnavalesca,me apresentando apenas uma vez por ano.Resisti divertindo e fui levando á reflexão.
Assim ajudei a luta contra os preconceitos,participei das transformações sociais,registrei acontecimentos políticos.
Incialmente cantava só o amor,depois passei a cantar a hitória do Brasil.
Era cantando,mostrando a minha própria visão da história.Enalteci vultos discriminados e indiretamente desmitifiquei falsos heróis.
De maneira organiza cresci e hoje sou admirado até por especialistas em organização social.Me espalhei pelo Brasil e já tenho ramificações em outras partes do mundo.
Sou muito importante e grande,não por ser apenas um,mas por ser muitos.Sou maxixe,sou canção,sou roda,sou enredo,choro,balanço,breque,pagode,exaltação,partido -alto,bossa nova...
Eu sou o samba.

Quando Getúlio Vargas Censurou o Samba

Ao tomar o poder,em 1930,Getúlio Vargas dá início a nova realidade para o trabalhador brasileiro.Ambíguo,o presidente organiza um aparato repressor,ao mesmo tempo em que garante direitos básicos:cria o Ministério do trabalho,salários mínimos regionais,jornada de oito horas,descanso semanal,férias remuneradas e indenizações para demissões sem justa causa.Empenhado na "regeneração dos costumes"e na "apologia ao trabalho",Vargas passa a censurar músicas que estimulem a malandragem e a vadiagem.Somente em 1940,373 letras de sambas são proibidas.Instigado pela nova ordem,o sambista Wilson Batista decide se adaptar e troca "otário"por "operário",num verso de O Bonde São Januário(com Ataulfo Alves).E a música ficou assim:

Quem trabalha é quem tem razão/Eu digo e não tenho medo de errar/O bonde São Januário/Leva mais um operário/Sou eu que vou trabalhar.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007