
Um momento em que descemos do carro e, ainda desorientados, nos posicionamos na abertura da calçada que indica um acesso ao grande vão livre de uma quadra. Sobre o saibro, ali está uma multidão de homens, mulheres, crianças e bananas – muitas bananas! A comoção desse instante, preenchida de muita cor e bravura, repetiu-se durante toda a feira e assumiu o papel revelador do filme que estávamos assistindo. Ao mesmo tempo em que percebíamos cada detalhe, a singularidade de cada barraco, de cada feirante, todos aqueles elementos da cena fundiam-se no mesmo e, a cada minuto passado, se fazia mais difícil separar o momento do gesto, o gesto do produto, o produto da feira.
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