quinta-feira, dezembro 21, 2006

ASIAN DUB FOUNDATION

A cada novo álbum e show, as iniciais ADF tornam-se sinônimos de integridade, compromisso político e fusão de estilos musicais. Desde o lançamento de seu primeiro disco Facts and Fiction em 1996, o coletivo - rótulo que lhes cai melhor que "grupo"- vem constantemente evoluindo em direção a projetos cada vez mais ambiciosos, desde agitadas performances e atenção a assuntos sensíveis, à adição de novas camadas para sua mistura de sons. A trajetória do ADF relembra os big boys do cenário britânico de rock, The Clash. Apesar de sua produção inicial não ter conseguido arrebatar a imaginação de seu público, os "guerreiros do midi", como se auto denominam, agora geram entusiasmo por toda parte.Com a inaugural formação do sound system incluindo o baixista e professor Dr Das, o DJ e ativista dos direitos civis Pandit G, e Deedar Zaman, um brilhante MC de uma escola de música londrina, o Asian Dub Foundation estabeleceu as bases de sua identidade multi cultural em 1993. Logo acrescido pelo guitarrista Chandrasonic e pródigo da programação Sun J, o grupo foi de tocar em shows anti-racistas a se tornar um grande desafiador no cenário inglês musical, ainda dominado pela febre do Britpop. Os integrantes do ADF nasceram todos na Inglaterra, de pais imigrantes, e partilham uma abordagem liberal da cultura musical, das últimas tendências eletrônicas e sons tradicionais orientais a ritmos rebeldes de punk rock e hip hop que expressam sua luta diária por respeito e tolerância.Seu carisma e consciência social receberam elogios de grandes nomes da indústria musical: o ADF excursionou com o Primal Scream depois do lançamento de seu segundo álbum R.A.F.I (1997), antes de ser convidado para abrir shows de David Bowie. A campanha para a libertação de Satpal Ram, um trabalhador imigrante condenado por assassinato depois de se defender de um ataque racista, colocou-os sob os holofotes. O ADF foi convidado a se apresentar no Fuki Rock Festival no Japão, onde o grupo sempre teve uma entusiasmada recepção, antes de cair na estrada com os Beastie Boys. Depois do lançamento de seu terceiro álbum, Community Music (1999), o grupo foi acrescido pelo baterista Rocky Singh e por Pritpal Rajput (que toca o Dohl, uma tradicional bateria Panjabi), assegurando sua reputação por performances ao vivo de alta energia. Atingidos pela mensagem social de La Haine (O Ódio), o filme de Mathieu Kassovitz sobre a vida de três adolescentes nos subúrbios de Paris, o ADF reescreveu sua trilha sonora, que apresentou ao vivo nas exibições do filme. Sua mais emocionante performance foi em 31 de março de 2001 no Barbican, em Londres, quando Satpal Ram, solto apenas um dia antes, uniu-se à banda no palco.Quando Deedar decidiu que era hora de parar, o ADF convidou dois MCs (Aktar e Spex), graduados na mesma escola de música que eles, para sua, na época, mais recente aventura: a gravação do quarto álbum, Enemy of the Enemy (2003). Fortemente influenciado por eventos mundiais - a abertura das fronteiras da Europa e o 11 de setembro - o disco também retrata as habilidades de produção de um dos pioneiros do dub britânico, Adrian Sherwood, chefe do selo On-U Sound. O álbum traz ainda uma inesperada artista convidada, Sinead O'Connor, que aborda o tema da violência doméstica na faixa 1,000 Mirrors. O guitarrista do Radiohead Ed O'Brien participou das sessões e os dois grupos fizeram uma marcante turnê européia. O ADF também juntou-se ao ativista francês José Bové em um rali anti-globalização na região de Larzac, sul da França, em agosto de 2003. Keep Banging on the Walls, sua altamente enérgica performance ao vivo, foi lançada no calor do momento como um CD e DVD.Não é todos os CD do ADF.
2003 - Enemy Of The Enemy
2000 - Community Music
1998 - Rafi`s Revenge
1997 - Conscious Party
1997 - R.A.F.I.
1995 - Facts and Fictions

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