quinta-feira, novembro 09, 2006

"O Mito" da Música Cubana & A "Rainha da Salsa"

Compay SegundoCompay Segundo, uma das lendas dos grandes ritmos cubanos, como o son, a guajira, o tumbao, o danzón e o bolero. Ele fazia parte do Buena Vista Social Club, um clube noturno mágico daquela Havana notória, das décadas de 30 e 40, onde só o fino da música tropical cintilava em seu interior. Buena Vista foi o equivalente cubano ao nosso Cassino da Urca ou ao Moulin Rouge para os parisienses. Buena Vista foi um daqueles lugares sensacionais, impregnados de áurea musical da mais alta qualidade.

Compay adorava o Brasil e costumava incluir “Na Baixa do Sapateiro”, de Ary Barroso, nos seus shows. Ao chegar no Rio de Janeiro, ano passado, aos 94 anos de idade, disse queria ser apresentado às “chicas”. Sempre galanteador, Compay fazia parte de uma geração latina (incluindo a velha guarda brasileira) completamente comprometida com o sentimento de amor e também com a qualidade musical. Estes eram os guardiões dos costumes e conceitos da década de 30.

"Antigamente, as pessoas gostavam de serenata, eram românticas e queriam dançar juntas. Depois veio a Nova Trova, que fazia música para ser ouvida. Hoje, os jovens querem uma música que os divorcia. Cada um dança para seu lado e todos sentem falta do aconchego de um corpo. Minha música os faz parar para ouvir, mas também os faz dançar", disse ele, em entrevista ao jornal Estadão, no ano passado.

Falecido com 95 anos,14 de julho de 2003.

Celia Cruz
A maravilhosa e incontestável rainha da salsa, Celia Cruz, partiu deixando um legado extraordinário. Uma longa caminhada que começou com o título de "Guarachera Cubana" tranformando-se na Rainha Mundial da Salsa e finalizando como querida madrinha de honra da nova geração hip-hop. Foram doze indicações aos prêmios Grammy, três doutorados Honoris Causa, participações em mais de dez filmes, 70 álbuns que renderam uma coleção gigantesca de discos de ouro e de platina.

Falecida com 78 anos,16 de julho 2003.

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